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terça-feira, 26 de junho de 2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

MARIETA LIMA 1ª MULHER DE MOSSORÓ A USAR MACACÃO PARA EXERCER ARTES PLÁSTICAS


Nascida em 12 de janeiro de 1912 em Mossoró, filha de Maria Lima Rocha e João Lima Rocha, Marieta Lima passou a sua infância na fazenda do Carmo. Onde foi criada na histórica Casa Grande, a primeira casa de Mossoró construída pelos Carmelitas. Frades que na época catequizaram os índios Monxorós. Seus primeiros traços artísticos se manifestaram em carvão. Posteriormente, ao receber aulas no Colégio das Freiras na década de 1920, aos 11 anos, teve aulas de piano. Por ter as mãos pequenas, desistiu de tocar. As freiras perceberam habilidades artísticas visuais e ela começou a desenhar com lápis de cera com a Irmã Inês. Era chamada apenas no colégio de MARIA. Sua primeira obra foi aos 12 anos, em 1924, com o desenho de A Madona. Assinou como Maria Lima, como as freiras determinaram. No final da década de 1930, começou a pintar óleo sobre tela e restaurar imagens. Suas pinturas eram sacras e tendenciadas ao clássico europeu. Seus principais temas eram a religiosidade e a natureza morta. Casou-se em 1931, teve quatro filhos. Dois dedicaram-se. Na década de 1940 restaurava o teto das igrejas e logo após a segundo guerra mundial foi a primeira mulher na cidade a usar macacão para conseguir exercer o ofício nas artes. Por ser inovadora e solidária com o próximo, pertenceu às Damas de Caridade. Distribuía alimentação e roupas para os mais carentes. A experiência de estar mais próxima das comunidades e realizar muitas viagens pelo interior do Rio Grande do Norte começou a focar sua arte com temas regionais e de sua terra. Como a caatinga, o vaqueiro, o amanhecer e o pôr-do-sol, os carnaubais e as mais variadas manifestações folclóricas da alma nordestina começaram a ser contadas em suas telas. Já na década de 1950, começou a lecionar na Escola Normal ensinando a cadeira de artes plásticas. Para acrescentar a renda confeitava bolos, cortava cabelos, decorava festas para a alta sociedade. Entre 60 e 70, participou ativamente da vida política da cidade. No tempo das campanhas de Aluizio Alves foi uma das senadoras. Já em suas artes, foram espalhadas por varias regiões do Brasil, como São Paulo, Rio, Salvador, Pernambuco, entre outros Estados. Por ser referência na cidade e por pintar a regionalidade, suas obras foram vendidas para Holanda, Estados Unidos, Itália e Portugal. Em seu ateliê que funcionava em sua residência, ensinou para Boulier e Varela. Entre as suas obras estão: A Sagrada Família, A Menina na Janela, O Vaqueiro, As Fofoqueiras, A Sarça Ardente, O Menino da Esperança Esfarrapada, A Grande Queimada, O Preto Velho, Os Carnaubais, As Caeiras, Lampião e Maria Bonita. Entre 1980 e 1990, inovou ao usar cores fluorescentes e tintas em relevo em suas telas. Mesmo tendo perdido uma de suas visões, continuou pintando. No decorrer de 2000 recebeu homenagens como uma sala de artes com seu nome na Estação de Artes e Biblioteca Pública de Mossoró. No ano de 2008 foi considerada imortal pela academia de letras e artes plásticas de sua cidade. A maioria das obras de Marieta Lima não se sabe ao certo quem ainda as possui. Sabe-se que parte delas encontra-se nos principais Órgãos públicos do Estado do Rio Grande do Norte, famílias tradicionais e com seus familiares.

FONTE; JORNAL DE FATO, EDIÇÃO DO DIA 8 DE JANEIRO DE 2012 (DOM)

quinta-feira, 17 de março de 2011

MAURÍCIO NUNES DOS SANTOS - ANGICOS


ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DA CIDADE DE ANGICOS-RN, PINTADA PELO ARTISTA PLÁSTICO MAURÍCIO NUNES DOS SANTOS.
FONTE> REVISTA PREÁ, Nº 19, ABRIL DE 2008


sexta-feira, 30 de julho de 2010

NEWTON NAZARRO BILRO

NATURAL DE NATAL, NASCIDO A 8 DE OUTUBRO DE 1928 E FALECEU EM SUA TERRA NATAL NO DIA 18 DE MARÇO DE 1991. ARTISTA PLÁSTICO, POETA, CONTISTA

Newton Navarro: artista potiguar que virou ponte

FONTE: SITE OVERMUNDO

Album Homenagem aos profissionais do Rio Grande do Norte/Aquarela/1990
Newton Navarro- Salinas do RN/ Aquarela/ 1990
Newton Navarro – o artista que virou ponte na Cidade do Sol
Elizete Vasconcelos Arantes Filha

A ponte, motivo de polêmica na cidade do sol pelo seu tempo de construção, 1996-2007 e pelo exorbitante valor que custou aos cofres públicos (R$ 196 milhões) tornou-se um dos maiores empreendimentos da construção civil brasileira e só será liberada à população potiguar no final de 2008. No entanto, segundo os especialistas da UFRN, não surtirá o efeito esperado, uma vez que não desafogará o trânsito. A população, sofrendo cotidianamente com os reveses do trânsito na zona norte, desde já criou muitas expectativas, entrando em desespero cada vez que se formam os quilométricos engarrafamentos na ponte velha. Bem, a esperada ponte que ligará a Praia do Forte à Praia da Redinha recebeu o nome “Ponte de Todos - Newton Navarro” imortalizando definitivamente o nosso maior artista e colocando-o junto ao povo que fazia parte dos seus temas. A sugestão do nome para a ponte foi dada pelos imortais da Academia Norte-riograndense de Letras, a pedido dos admiradores da obra do artista, através de abaixo-assinado. O merecimento de Newton Navarro, artista falecido em 1992, de ter seu nome alcunhado numa ponte de tão grande porte e de tão grande importância para o povo potiguar se justifica pelo fato de que grande parte das suas obras literárias, seus desenhos e suas pinturas possuíram como tema o Rio Potengi e as paisagens da Redinha. Ele próprio foi menino na Redinha, quando passava as férias escolares na casa dos tios.

Escritor erudito, dramaturgo, poeta, desenhista, pintor, enfim, um artista multimídia. Newton Navarro Bilro, nome completo de Newton Navarro, como ficou conhecido um dos artistas mais populares do Rio Grande do Norte, nasceu no dia 08 de outubro de 1928, na cidade do Natal na casa da sua avó, na Avenida Rio Branco, no “Grande Ponto”. Filho de Elpídio Soares Bilro, sertanejo da região do Cabugi, e de Celina Navarro Bilro, professora primária. A aspiração artística de Newton Navarro desde cedo já despertara. Aos quatro anos de idade, enquanto seu irmão brincava de bola, de velocípede, ele se divertia no chão da calçada fazendo desenhos e pintando com cores berrantes. Herdou do seu pai a aspiração artística já que ele trabalhava muito bem a madeira, o ferro e a alvenaria. Sua mãe também tinha muita sensibilidade para as artes.

Foi entre o cenário do farol de Mãe Luiza, do porto, praias e barcos, que o nosso maior artista viveu e desenvolveu sua criatividade. Entre pescadores, mulheres, gatos, rendeiras, igrejinhas, o azul do céu e o verde do mar, entre o amanhecer e o pôr- do- sol, que Navarro cresceu. Foi observando as coisas do nordeste, as pessoas, em seu lazer, no seu trabalho, as danças tradicionais, a mitologia, os jogos de futebol entre ABC e América e também da seleção brasileira. Ao retratar Natal e seus habitantes, ele buscava identificar os largos e ruas da boemia, becos simples, casario humilde, igrejas e prédios onde acontece a história da cidade, as bananeiras dos quintais, casas simples das favelas e as pipas coloridas. Certa vez, pintando em terras européias, retratando as paisagens do Sena, os jardins de Paris, afirmou: “Eu não acho cidade mais bonita que Natal, nem rio mais bonito que o meu rio. Eu vi uma vez o Sena. Achei uma porcaria. Vi também o Tejo e achei também uma porcaria. Mas o Potengi não. Que azul! E os morros que protegem a cidade?E as madrugadas? E as estrelas da manhã? Só em Natal tem essas coisas. A estrela repetida no forte da pedra...Uma cidade coberta de elísios, embalada pela canção dos pescadores, enfeitada de um lado e de outro, rio e mar, pelos azuis e verdes e pelas jangadas. Que cidade maior e melhor? Não existe. Nenhuma. (NAVARRO, 1974).

O artista Newton Navarro fez uso de técnicas como aquarela, óleo, nanquim aguada, guache, bico de pena e outros materiais como borra de café e chá. Ele desenvolveu a partir do grafismo a idéia de expressão, movimento e ritmo, apesar de a linha ser considerada abstração com relação ao aspecto visual dos objetos ou de quantas formas se queira expressar. Pintor figurativo, acolheu o abstracionismo como forma de arte, abusava da cor, do traço anatômico. Os seus traços, aparentemente agressivos, são suavizados com o uso das cores. A arte dele não era baseada na cor, utilizava apenas como informação cromática dentro de uma composição de desenho. A linha, o toque gráfico é o mais importante. Isso distinguia Navarro dos outros artistas, não se situando em nenhuma Escola de Pintura, apenas num grafismo íntegro e constante. Quando desenhava, observava cada passo do seu objeto e ficava horas e horas observando suas personagens, registrava na sua memória visual os movimentos, as cores, as formas para depois esboçar e dar o acabamento final. Há quem compara o trabalho de Navarro com os de Portinari, o que vai tornar a obra de ambos semelhantes é a ascendência do cubismo e o engajamento regional, que cada um adotou da sua forma fazendo adaptações. No trabalho de Portinari, por exemplo, o nordestino é apresentado como um povo faminto, doente, que sai de sua terra em busca da cidade grande e no caminho se perde. O nordestino de Portinari é um perdedor. No trabalho de Navarro, o nordestino é um povo forte, gigante, com músculos à mostra, um vencedor.

Analisando esteticamente as formas que Navarro dá as suas personagens, elas fogem da estética acadêmica ainda aclamada como exemplo de verdadeira arte, no entanto, dentro da estética modernista. Navarro se expressa com propriedade, inclusive foi o precursor da arte moderna no Rio Grande do Norte. A cidade desconhecia o movimento da Semana de Arte de 22, que só se manifestou 27 anos depois, em 1949, através da primeira exposição de Newton Navarro. Muitas telas chegaram a chocar a população da pacata cidade de Natal, acostumada apenas às pinturas bucólicas do pôr- do-sol do Rio Potengi, do Farol de Mãe Luiza e da Praia da Redinha e dos pontos turísticos.

Devaneando com Navarro

O que mais chama a atenção na obra de Navarro, além dos traços fortes e as cores é a simbologia adotada como forma de expressão- uma transferência da imagem para um significado abstrato. Podemos observar essa transferência em vários pontos na obra de Navarro: o mesmo sol que aparece na aquarela do vaqueiro, também aparece na aquarela da salina e também na plantação de algodão, um sol escaldante como é comum no nordeste, mas um sol que não mata, nem resseca a terra, um sol que traz vida e riqueza. A cor amarela que recai na plantação de algodão, na plantação de cana, nas salinas, no cavalo, é luz solar, é também ouro. Ouro que o nordeste tem em abundância, que em outro lugar não tem. As rendeiras de Navarro são quase sobre-humanas, parecem gigantes, e são. São mulheres que tecem suas rendas enquanto os seus maridos vão para o mar buscar o peixe. Na ausência do marido, sustentam a casa e ainda rezam pela sua volta. Os pés parecem árvores, firmes no chão. Do norte ao sul do país encontramos rendeiras, continuando uma tradição que começou com a vinda dos portugueses para o Brasil. Símbolo da resistência nordestina, o vaqueiro também foi representado por Navarro. As roupas de couro utilizadas pelos vaqueiros, hoje são comuns entre os que acompanham moda. Os vaqueiros usavam o couro para quase tudo que os cercava: porta das cabanas, leitos, cordas, cantil, alforje, mochila, bainhas de faca e até as roupas com que enfrentavam a caatinga. Até hoje, em muitas regiões, os vaqueiros conservam o costume de se vestirem de couro.

No álbum “Futebol” ele utilizou a aguada, uma mistura de pó de café com água. Os jogadores de Newton Navarro são analisados como dançarinos que atuam sobre as linhas, sugerem total liberdade, imune às pessoas do meio. Homens fortes, gigantes, porém, leves, jogam ou dançam? Podem ser meninos de rua, ou jogadores do América, do ABC, times do coração. Ou quem sabe os representantes do Brasil, lá fora, na copa de 70. Somos nós, cada um de nós, lá com eles. A paixão pelo futebol era visível, embora nunca tenha assumido de fato por qual time torcia. “Boi-Calemba” bico de pena, com um grafismo mais trabalhado, onde procurava a distorção, substituindo sombras e volumes pela presença de manchas. O Álbum Boi - Calemba é a versão potiguar do Bumba-meu-boi nordestino. Os brincantes do bumba-meu-boi potiguar se apresentavam com simplicidade, com pouca cor, com poucos enfeites. Navarro teve a liberdade de revesti-los com novos adornos, espelhos, coroas, muitas fitas. Quanto à qualidade do trabalho de Navarro, alguns pontos se destacam, por exemplo: criou uma gráfica particular, um fruidor atento que vê seu trabalho, reconhece arte gráfica muito pessoal. Poucos artistas conseguem isto.

Newton Navarro, artista amado e aclamado pelos intelectuais e também admiradores da sua arte, tornou-se objeto de estudos em teses de doutorado e dissertações de mestrados pela UFRN. Foi também personagem principal do vídeo-documentário “Devaneio do Olhar”, dirigido pela professora Elizete Vasconcelos Arantes Filha, como parte integrante da sua dissertação de mestrado em 2004, com o mesmo título, que resultou em prêmio de melhor documentário no FESTNatal em 2004 e o BNB de Cinema no XIV Festival de cinema do mesmo ano. Navarro, também é o artista preferido dos professores que atuam no ensino da arte na cidade do Natal, justamente pela forma didática com que tratou, entre traços e tintas, suas personagens tão comuns a cada um de nós. Muita coisa se diz de Newton Navarro, inclusive que ele é “o maior ou o mais importante artista de sua terra natal”. Mas, muito mais do que dizem, é o que ele próprio diz das coisas que via e sentia e que passamos a vê-las junto com ele. E a ponte? Bem... Um dia a “Ponte de todos-Newton Navarro” será inaugurada. Os transeuntes da zona norte demorarão menos tempo para chegar ao trabalho, os desastres automotivos da ponte velha que acontecem todos os dias serão reduzidos e ao passar pela ponte nova, ainda poderão lembrar do nome e da importância do artista de todos.
DEVANEIO DO OLHAR/Direção: Elizete Vasconcelos Arantes Filha/10’47”- Natal:2004.

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Marilia Jullyetth Bezerra das Chagas, natural de Apodi-RN, nascida a XXIX - XI - MXM, filha de José Maria das Chagas e de Maria Eliete Bezerra das Chagas, com dois irmãos: JOTAEMESHON WHAKYSHON e JOTA JÚNIOR. ja residi nas seguintes cidades: FELIPE GUERRA, ITAÚ, RODOLFO FERNANDES, GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO e atual na cidade de Apodi. Minha primeira escola foi a Creche Municipal de Rodolfo Fernandes, em 1985, posteriormente estudei em Governador Dix-sept Rosado, na no CAIC de Apodi, Escola Estadual Ferreira Pinto em Apodi, na Escola Municipal Lourdes Mota. Conclui o ensino Médio na Escola Estadual Professor Antonio Dantas, em Apodi. No dia 4 de abril comecei o Ensino Superior, no Campus da Universidade Fderal do Rio Grande do Norte, no Campus Central, no curso de Ciências Econômicas. Gosto de estudar e de escrever. Amo a minha querida terra Apodi, porém, existem muitas coisas erradas em nossa cidade, e parece-me que quase ninguém toma a iniciativa de coibir tais erros. Quem perde é a população.

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